sexta-feira, maio 08, 2015

Parêntesis

Pousar aqui de novo, sim, pousar, porque voltar depois te tantas letras perdidas nesses ventos da vida é como pousar num lugar, de mansinho, quase sem querer fazer barulho para não acordar as emoções que aqui permanecem adormecidas. É como estar no fundo do corredor encarando uma gigante roda de afetos e, afinal de contas, acho que é disso mesmo que a vida se trata, um labirinto de vais e vens onde as palavras se reciclam em novos olhares, novas relações, novos trabalhos, novos pulsares, despindo-se dos ventos antigos e reerguendo-se em novos ares. Nos intervalos do sol, nada se perde e tudo se transforma, as memórias vestem as mesmas roupas, mas em novos corpos, as notas voltam a afinarem-se, mas em novas vozes e a luz volta a entrar guiando-nos sempre aos mesmos lugares. Talvez a vida seja mesmo isso, uns parêntesis que vamos abrindo e esquecemos-nos de fechar e assim renascemos, revivemos, reescrevemos.

quarta-feira, maio 30, 2012

Innocence

Há toda uma inocência que me faz querer lançar tudo para trás, sempre houve, existe em mim como tão simplesmente respirar, ouvir, falar.. Há um mundo demasiado pequeno dentro dela e tudo o que lhe transborde faz-me querer ir atrás, é como se a minha sede fosse sempre de mais, a minha fome fosse de tudo o que não tenho e o meu sentir, ai esse meu sentir nunca pertenceu a este lugar!


Mas é assim, simples de coração!

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Mais ninguém assim


Ainda estou aqui e já sinto o teu abraço sem querer dizer adeus, assume-se na minha memória como um murro no estômago vazio e escangalhado.
Sei que são os caminhos que escolhemos que nos conduzem sempre até aqui, o momento em que a tristeza é fácil e bonita de se escrever, o que me leva sempre a pensar se escolhemos ser tristes ou se somos tristes pelo que escolhemos.
Mas logo em seguida, do teu abraço fica sempre a certeza de que tens o dom de tornar tudo mais fácil. Enquanto me atiro ao mar estás sempre duas braçadas à minha frente a abrir-me caminho para o mundo que escolhi, a pintar com mais branco em cima do preto e, mesmo quando o tempo ainda não começou a contar, no teu relógio falta sempre tão pouco para me abraçares outra vez.
Não esquecerei nunca como é fácil ser feliz contigo.

terça-feira, janeiro 03, 2012

2012 à prova de bala

Inundem o coração de esperança e abracem o mundo com muito amor.

terça-feira, dezembro 27, 2011

And so it is...

Quero que saibas que a minha "maldita" fé não me deixa cruzar os braços, não me permite ao abandono dos sonhos mais rebuscados, das alturas mais díspares, dos medos mais secretos e silenciosos.
Ai..
"Maldito" silêncio!
"Maldita" fé!
Que me faz cair todos os dias porque nunca me permito a que nada do que eu quero acabe.

Continuo...

quarta-feira, novembro 23, 2011

Fortunato

Tenho pensado em ti todos os dias.
Atraiçoaste-me a vida com a tua ausência e agora a saudade atraiçoa-me.

Mas quando tão carinhosamente me dizem que tenho os teus olhos, lembro-me da grandeza do teu espírito e escondo a água salgada dos dias que nascem mais vazios sem o recorte do teu olhar.

Recomeço,
com o nosso verde esperança.

quinta-feira, outubro 20, 2011

Em nome

Proponho tirar-lhe as vírgulas, as aspas, e até o ponto de exclamação, despida de figuras de estilo, ao que sinto, chamo-lhe pelo nome.